sábado, 7 de janeiro de 2017

DÉCADAS DE 70, 80, 90 E 2000


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 Década de 70 O início da década de setenta, foi marcada pela busca por coisas mais simples, o uso de tecidos naturais, como o linho, a alimentação vegetariana, as cores mais sóbrias, etc. Já na metade desta década, surgiram vários movimentos que influenciaram a moda, como o punk, a new wave, a disco, este último muito importante na moda, pois com ele surgiu o Studio 54, grande danceteria de famosos, que lançava tendências. Foram anos de brilho, volumes, transparências, cores pretas, roupas rasgadas. A moda dos anos 70 caracterizava-se por uma politização muito forte do público, impulsionando principalmente palas camadas mais jovens. Esta fase foi também impulsionada de modo decisivo pelo movimento feminista, a mulher lutava cada vez mais por seus direitos.

 Nesta década, a moda colocava-se como meio democrático de expressar uma opinião. Registaram-se então desenvolvimentos interessantes no ramo da Alta-Costura. Aliás muitos dos grandes estilistas dos dias de hoje, como por exemplo Thierry Mugler, Kenzo, Issey Miyake, Vivienne Westwood e Ralph Lauren, começaram suas carreiras nessa altura. No entanto, foi sobretudo o movimento Hippie com o seu vestuário ecologicamente consciente e anti-conformista que marcou uma grande parte da moda. Algodões estampados com pequenas flores, anáguas com detalhes de renda, chapéus de palha adornados com flores, cabelos suavemente ondulados. Os jovens vestiam jeans bordados de flores, pantalonas e saias longas e vaporosas até ao chão. Materiais mais sinuosos e suaves invadem o mercado, tecidos para todos os tipos de roupas realçando a silhueta natural. As mulheres assumem cargos anteriormente ocupados somente por homens, surgem as roupas formais com um deliberado corte masculino e visual unissex. Existe uma preocupação com a saúde, as pessoas adoptam um estilo de vida mais simples, como comunidades agrícolas para produzir alimentos macrobióticos. Em meados dos anos 70 apareceu o punk-rock, um estilo de música que se insurgia contra tudo que estivesse ligado aos valores burgueses. O punk era uma música de rua e os seus fãs vestiam-se a condizer. O movimento teve um papel muito importante, sobretudo para os jovens desempregados sem perspectivas de vida. O objectivo dos punks era alertar a sociedade para os problemas existentes, adoptando uma posição de protesto muito ofensiva e usando a sua forma de vestir para a acentuar. Usavam t-shirts seguras por meio de alfinetes e calças justas xadrez, bem como casacos de couro enfeitados com frases anarquistas, maquiagens berrantes, coleiras de cão à volta do pescoço. Os cabelos eram penteados espetados para cima. A grosso modo, a moda dos anos 70 caracterizou-se por um desejo de autenticidade, de regresso ao natural e de auto-realização.


Década de 80 Foi nesta época que a alta-costura perdeu seu mistério, pois cada vez mais as mulheres possuíam repertório e ferramentas para criar seu próprio estilo. Os anos 80 foram marcados por releituras de épocas passadas, pelo couro, pelas ombreiras altas, pela sensualidade, pelas estampas, pelas cores fortes, pela febre da ginástica e do culto ao corpo e finalmente pelo surgimento da AIDS. O ícone da geração anos 80 foi a cantora pop Madonna. Em 1980 entra em cena o look exagerado, poderoso, para as novas fortunas do mercado de ações. Os ombros são marcados por ombreiras enormes; a cintura e os quadris também são marcados nessa época.

As mulheres tornam-se adeptas dos básicos inspirados no guarda-roupa masculino. O blazer é a peça de resistência. As criações de Chanel viram objeto de desejo e as bijutarias começam a balançar enormes. A mini-saia reina soberana e a princesa Diana começa a ditar moda. Também a moda punk que nasceu no final dos anos 70 reflete-se nos penteados e vestimentas e a moda disco-glitter também afina durante vários anos. A moda tinha-se tornado definitivamente internacional. A Alta-Costura francesa deixou de ser a tendência dominante. Em todos os países do mundo começaram a desenvolver-se estilos próprios, que eram adotados além das próprias fronteiras. A Inglaterra, a Itália e a Alemanha tornaram-se verdadeiros países produtores de moda. Os EUA enviam para a Europa um vestuário clássico e desportivo, enquanto que do Japão nos chegam tendências vanguardistas. O estilo imposto pelos japoneses, com roupas fora de forma e modelagem, amassadas e inspiradas na pobreza, chocou de início, mas acabou contaminando a moda internacional. A moda começou a integrar cada vez mais elementos lúdicos. O estilo pós-moderno, que marcou todas as formas de arte da década de 80, marcou também o design de moda. Foi recriada a moda fetiche e o brilho algo frívolo dos clubes noturnos e das estrelas de Hollywood, que também contribuiu para introduzir elementos desportivos na moda dos anos 80. Ao contrário do que possa parecer, estes dois estilos não se excluem necessariamente um ao outro, mas completam-se. Têm até algo em comum, ou seja, um grande interesse pelo corpo. Nos anos 80 começou uma verdadeira onda de fitness, uma verdadeira invasão aos ginásios. A descoberta dos benefícios da ginástica acabou levando os tecidos, conceitos e modelagens das academias para o dia-a-dia. Destaque para os criadores: Armani, Lacroix, Rei Kawakubo, Gaultier, Prada, Dolce e Gabana e Gucci.



Década de 90, até atualidade Os anos noventa foram marcados pela diversidade de estilos e pela rapidez da moda. Vários estilistas surgem, a moda é considerado um fenômeno essencial na vida das pessoas. Surge a customização, o movimento grunge, que pregava a anti-moda. Também se fortalecem o skatewear, surfwear e o hippie Chic . A geração entre 15 e os 30 anos é uma geração decisiva para a moda dos anos 90. A música tecno e o vestuário em materiais sintéticos evidenciam que o culto ecológico dos anos 80 já não é tão forte. As profissões relacionadas com a informática e com a comunicação tornaram-se muito importantes, além de marcarem o dia-a-dia dos anos 90.

Mulher de negócios A moda inspira-se em muito do que já passou. Os desenhistas de vanguarda vem da Inglaterra e Bélgica, mas a Itália dita as tendências. É a década da Prada, Versace, Armani, Dolce e Gabanna e Gucci, Calvin Klein, Ralph Lauren, entre outros. Movimento minimalista, onde a lei é “menos é mais”. As saias cobrem os joelhos e as calças tornam-se uma realidade. As transparências e decotes em todas as coleções tornam o busto objeto de desejo, fazendo com que a indústria dos seios de silicone crescesse com muita rapidez. O vestuário é inspirado na moda de 60 e 70, mas não é simplesmente imitação. É combinado de forma eclética com outros estilos, juntamente com elementos novos de origem tecnológica, e inspirados no webdesign e na sociedade de consumo. É quase obrigatório entre os jovens ter celular. O computador portátil faz parte da indumentária de quem já esta na vida profissional. Há na publicidade de moda uma divulgação de silhuetas anoréxicas.

Com o regresso dos ingleses ao mundo da moda encerra-se, de certa forma, um ciclo: a Alta-Costura começou há cerca de cem anos com um inglês em Paris, Charles Worth. Agora recebe novamente impulsos novos e importantes da parte de estilistas ingleses. Paris continua a ser considerada a capital da moda. No entanto, o termo moda deixou de ser apenas sinônimo de moda francesa. Ao longo do século XX a moda transformou-se cada vez mais num fenômeno internacional, no melhor sentido do termo. A moda futurista começa a aparecer no final da década de 90, junto com as necessidades da sociedade moderna de ser cada vez mais prática, versátil, veloz e criativa. E os designers, os estilistas e a tecnologia passam a investir neste mercado com todas as forças.

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Os anos 2000 entram com um forte movimento de individualização, também manifesto na moda (as crescentes customizações são exemplo disso). Há uma tentativa de busca pelo estilo pessoal, onde ser diferente é a proposta. Vemos também a valorização do conforto, com peças duráveis e práticas. A tecnologia têxtil avança e surgem fibras e tecidos inteligentes que agregam em sua estrutura inovadores diferenciais. O tecido TAKE® da Santa Constância é um exemplo disso. Utiliza o bambu como matéria-prima e possui um bio agente anti bactericida chamado “bambu kun”, que mesmo após 50 lavagens continua com suas características ativas, ou seja, não permite que as roupas desenvolvam aquele cheiro de suor desagradável após o uso. Também vemos manifestar em todas as esferas da vida uma preocupação ambiental. A aceleração dos ritmos de aquecimento global tem preocupado o planeta e a moda trata de traduzir estes anseios.

Surgem novas fibras ecológicas, meios de beneficiamento menos agressivos e as pessoas passam a não se preocuparem apenas com o preço e beleza das peças, mas também com a forma com que foram produzidas. O TENCEL® (marca registrada de Lyocel) pode ser citado aqui. É uma fibra de celulose feita a partir da polpa de madeira, um recurso natural e renovável que é retirado de florestas gerenciadas e auto-sustentáveis. Tem características: conforto, controle de umidade, tenacidade no seco e no molhado, e também fluidez. Temos também o Treetap, couro vegetal produzido na amazônia. Obtido através da vulcanização da borracha do látex despejada sobre uma superfície tramada gerando um tecido com aparência similar ao do couro, daí “couro vegetal”. O presente da moda é apreciado, preenchido com arte da máquina e o avanço da tecnologia em fios, tecidos e acabamentos. O futuro carrega a chave da inovação, conveniências modernas e a criatividade inesperada.

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